Setembro Amarelo: falar sobre saúde mental salva vidas
Neo Química Publicado em: 16/10/2025 - Atualizado em: 05/11/2025No Setembro Amarelo, refletimos sobre saúde mental e prevenção do suicídio. Apoio, escuta ativa e empatia genuína fazem toda a diferença.
O Setembro Amarelo é uma campanha mundial de conscientização sobre a prevenção contra o suicídio — um tema sensível, mas urgente, que afeta milhões de pessoas todos os anos 2,7.
Mais do que um mês de alerta, o movimento é um convite para olharmos com atenção para a saúde mental e reconhecermos sua importância para a qualidade de vida, os relacionamentos e o bem-estar coletivo.
A cada ano, milhares de famílias sofrem o impacto pela perda de entes queridos, mas muitas dessas situações poderiam ser evitadas com informação, acolhimento e acesso a cuidados adequados 2,5,7.
A depressão, por exemplo, ainda pode causar isolamento social, alterações no sono e no apetite, sensação constante de desesperança e até dificuldades na concentração e na tomada de decisões 13.
Portanto, falar sobre saúde mental é fundamental: ajuda a quebrar tabus, reduz o preconceito e abre espaço para que pessoas em sofrimento encontrem apoio 2,5,7.
A seguir, você vai entender o que é o Setembro Amarelo, como surgiu, qual sua importância e como cada um de nós pode contribuir para a valorização da vida.
Resumo
- O Setembro Amarelo é uma campanha anual que conscientiza sobre a prevenção do suicídio e a valorização da saúde mental 1,2.
- O objetivo central é reduzir os índices de suicídio por meio de informação, diálogo aberto e combate ao preconceito contra doenças emocionais 1,2.
- No mundo, cerca de 727 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, e o Brasil registra, em média, 14 mil mortes anuais 2,5,6.
- O cenário da saúde mental no Brasil preocupa, com aumento de 134% nos afastamentos trabalhistas por transtornos psicológicos nos últimos dois anos 7.
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O que é Setembro Amarelo?
É uma campanha que foca a prevenção contra o suicídio e ocorre anualmente em todo o Brasil desde 2013. O movimento busca conscientizar a sociedade sobre a relevância da saúde mental e estimular o diálogo aberto sobre o tema, além de promover apoio às pessoas que vivem em sofrimento emocional 1,2.
Durante o mês, instituições, escolas, empresas e comunidades realizam diversas ações, como palestras, rodas de conversa e iluminação de prédios e monumentos na cor amarela. A divulgação de informações educativas em diferentes canais, da TV às redes sociais, também é uma característica da data 1,2.
O objetivo é salvar vidas por meio da informação, do acolhimento e da valorização da saúde mental 1,2.
Como surgiu o Setembro Amarelo?
A campanha nasceu nos Estados Unidos, em 1994, após a história de Mike Emme, um jovem de 17 anos que faleceu por suicídio. Ele era conhecido por sua habilidade em mecânica e por restaurar um carro amarelo, que se tornou um símbolo de sua vida e de sua partida precoce 3.
Amigos e familiares distribuíram cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio, com o intuito de incentivar outras pessoas a buscarem ajuda em momentos difíceis. Essa ação se espalhou, ganhou força internacional e diferentes países a incorporaram como símbolo da prevenção 3.
No Brasil, a campanha teve início oficial em 2013, em uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) 1,2.
A cor amarela é um símbolo de esperança
A escolha da cor amarela também representa luz, vida e esperança. Ao iluminar prédios e espaços públicos, a campanha chama a atenção da sociedade para um tema que, durante muito tempo, foi cercado de silêncio e estigma. Assim, a mensagem que se quer passar é que sempre há uma saída, e pedir ajuda é um ato de coragem 1-3.
Agora que você já sabe como surgiu o Setembro Amarelo, veja quais são os objetivos da campanha.
Qual é o objetivo da campanha?
O principal objetivo do Setembro Amarelo é reduzir os índices de suicídio no Brasil e no mundo. Para tanto, a campanha atua na conscientização da população sobre a importância da saúde mental, na promoção do diálogo e na disseminação de informações sobre formas de prevenção 1,2.
Também busca combater preconceitos relacionados às doenças emocionais e mentais, que representam 96,8% dos casos de suicídio 2. Dessa forma, mostra que a depressão, a ansiedade e outros transtornos precisam de tratamento com a mesma seriedade que as condições físicas 1,2.
Outro ponto essencial é ampliar o acesso a redes de apoio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), além de serviços de saúde e programas institucionais que ofereçam atendimento e escuta qualificada 4.
Por que a prevenção é tão importante?
O suicídio é um grave problema de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que, no mundo, 727 mil pessoas percam a vida dessa forma a cada ano 5. O Brasil registra, em média, 14 mil casos anuais, o que representa cerca de 38 mortes por dia 2,6.
A prevenção é essencial, porque muitas dessas situações poderiam ser evitadas com o apoio adequado. Em grande parte dos casos, há sinais prévios que, se receberem a devida identificação e acolhimento, permitem a intervenção de familiares, amigos e profissionais de saúde 1,2.
Esse cuidado é ainda mais urgente quando lembramos que o suicídio é a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, uma faixa etária que deveria estar vivendo seus maiores sonhos e conquistas 6.
Muitas vezes, famílias interpretam sinais de sofrimento como uma forma de "chamar a atenção" e não oferecem o suporte emocional necessário, o que pode aprofundar a dor do jovem. Além disso, a violência intrafamiliar, que não se limita à agressão física, mas também se manifesta por meio de palavras duras, críticas constantes e desvalorização, contribui significativamente para o sofrimento emocional 11.
As causas são multifatoriais: além da dinâmica familiar, a pressão social e escolar por resultados cada vez maior nos dias de hoje, aumenta a vulnerabilidade dos jovens e reforça a importância de atenção, diálogo e acolhimento 11.
Além disso, para cada suicídio consumado, ocorrem entre 10 e 25 tentativas, de acordo com o Conselho Federal de Psicologia. Esse cenário deve ser visto como um alerta importante, já que uma tentativa anterior é um dos principais fatores de risco para novos episódios 6,12.
Por isso, a atenção e o acolhimento imediato são fundamentais para salvar vidas 6.
Como está a saúde mental dos brasileiros?
A saúde mental da população brasileira enfrenta desafios importantes, especialmente após a pandemia de COVID-19, que trouxe isolamento, incertezas econômicas e mudanças profundas na rotina. Dados apontam um aumento significativo nos índices de ansiedade, depressão e estresse entre diferentes faixas etárias 7.
No ambiente de trabalho, a situação também chama atenção. Nos últimos dois anos, o número de benefícios concedidos pelo governo por incapacidade temporária associada à saúde mental aumentou 134% e passou de 201 mil em 2022 para 472 mil em 2024 7.
Entre os afastamentos acidentários, os principais motivos foram 7:
- reações ao estresse (28,6%);
- ansiedade (27,4%);
- episódios depressivos (25,1%);
- depressão recorrente (8,46%).
Esse cenário reforça que o cuidado com a saúde mental deve ser prioridade em políticas públicas, no ambiente corporativo e na vida pessoal de cada um de nós 7.
Saúde mental e trabalhadores: um alerta necessário
Alguns setores apresentam índices mais preocupantes de afastamento. Em 2024, os bancos representaram 20% do total, enquanto o comércio varejista e as atividades hospitalares também tiveram crescimento expressivo 7.
A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 do Ministério do Trabalho e Emprego reforça a obrigatoriedade de identificar riscos psicossociais, como estresse, assédio e sobrecarga mental. Ou seja, cuidar da saúde mental dos trabalhadores não é apenas uma questão de bem-estar individual, mas também de responsabilidade social e produtividade sustentável 7.
Como ajudar na prevenção ao suicídio? 5 dicas
Cada um de nós pode fazer a diferença na prevenção. De acordo com a ONU, algumas atitudes têm grande relevância, como:
- Limitar o acesso aos meios de suicídio: controlar a disponibilidade de armas de fogo e medicamentos de alto risco é uma estratégia comprovada para reduzir mortes evitáveis 5;
- Promover habilidades socioemocionais em adolescentes: investir em educação emocional, resiliência e suporte nas escolas fortalece a capacidade dos jovens de lidar com desafios da vida 5;
- Identificar e acompanhar pessoas em risco: é fundamental que profissionais de saúde e redes de apoio sejam capazes de avaliar, gerenciar e oferecer acompanhamento precoce a indivíduos com comportamentos suicidas 5;
- Garantir uma cobertura responsável na mídia: a forma como a mídia retrata o suicídio pode influenciar comportamentos. Jornalistas e comunicadores devem adotar boas práticas, como evitar sensacionalismo e oferecer informações sobre ajuda disponível 5;
- Conhecer iniciativas de apoio: o Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo número 188, disponível 24 horas por dia em todo o Brasil 3,4.
Além disso, manter uma rotina com hábitos saudáveis é essencial para o equilíbrio emocional. A prática regular de exercícios físicos ajuda a reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar a sensação de bem-estar 8.
Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, também desempenha um papel importante, pois a deficiência de vitaminas, como B12 e D, por exemplo, pode impactar a disposição e o equilíbrio emocional 8-10.
Consulte um nutricionista para avaliar seus níveis vitamínicos e, se necessário, conte com a linha de Vitaminas Neo Química para complementar sua rotina de forma segura e eficaz.
O Setembro Amarelo é um chamado à reflexão e à ação em prol da vida. Afinal, a saúde mental também precisa ser prioridade em nossas casas, escolas, trabalhos e comunidades 1,2,5.
Se você ou alguém que você conhece está em sofrimento emocional, procure ajuda profissional ou entre em contato com o CVV pelo número 188 (ligação gratuita).
Ao falar sobre o tema, acolher quem sofre e incentivar a busca por ajuda, podemos transformar a realidade de milhares de pessoas 1,2,5.
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