Enxaqueca com aura: sintomas, causas e como aliviar a crise
Dr. Márcio de Queiroz Elias Publicado em: 03/12/2025 - Atualizado em: 03/12/2025
A enxaqueca com aura é uma forma específica de cefaleia que, além da dor intensa, causa sintomas neurológicos transitórios, como flashes de luz, visão borrada, formigamento e dificuldade para falar¹.
É mais comum do que parece: afeta entre 25% e 30% das pessoas que convivem com enxaqueca e é mais frequente em mulheres, que representam até três vezes mais casos do que os homens ¹,².
A aura costuma surgir de 15 a 60 minutos antes da dor de cabeça, e pode, em alguns casos, ocorrer ao mesmo tempo ². Logo, reconhecer seus sinais é essencial para tratar precocemente e evitar crises severas.
Continue a leitura e entenda o que é enxaqueca com aura, seus sintomas e como aliviar os episódios de forma eficaz e segura.
Resumo
- A enxaqueca com aura é uma forma de cefaleia que envolve sintomas neurológicos transitórios, como alterações visuais, formigamento, dificuldade de fala e sensibilidade ao ambiente, e é mais comum em mulheres ¹,².
- A aura surge geralmente de 15 a 60 minutos antes da dor de cabeça e pode ocorrer simultaneamente ou logo após a cefaleia, sinalizando o início da crise ¹,².
- Os sintomas mais frequentes incluem pontos cegos, flashes de luz, linhas coloridas, formigamento em um lado do corpo, problemas de fala, tontura e, menos comumente, fraqueza muscular ³.
- Para aliviar a crise, é indicado identificar gatilhos, manter um diário de enxaqueca, adotar hábitos saudáveis de vida e utilizar tratamentos agudos ou preventivos, além de técnicas de relaxamento e alongamento ³.
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O que é enxaqueca com aura?
É uma condição neurológica caracterizada por alterações sensoriais que antecedem ou acompanham a dor de cabeça forte. Essa forma de enxaqueca envolve sinais do sistema nervoso que refletem alterações na atividade cerebral. Por isso, pode incluir alterações visuais, sensitivas e até de linguagem, como dificuldade para falar ¹,².
Por isso, identificar a aura é essencial para compreender o início das crises e tomar medidas precoces para prevenir a dor intensa.
Esse tipo de enxaqueca não tem causa única conhecida, mas sabe-se que crises podem ser desencadeadas por fatores, como estresse, jejum prolongado, consumo de álcool, exposição a odores fortes e determinados alimentos ³.
A evolução da enxaqueca ocorre em fases: pré-monitória (pródromo), aura, cefaleia e pósdromo. Nem todos percebem todas essas etapas. Porém, entender esse ciclo ajuda no manejo da condição. Por exemplo, a aura se manifesta gradualmente, pode durar de 5 a 60 minutos e prepara o organismo para a fase dolorosa seguinte ¹.
Quais são os sintomas da enxaqueca com aura?
Os sinais neurológicos, como pontos cegos, visão turva, flashes de luz, tontura e dificuldade para falar, podem surgir antes ou durante a dor de cabeça, caracterizando a fase de aura. A visual é a mais comum: afeta cerca de 90% das pessoas e se manifesta gradualmente com alterações na visão ¹,³.
Entre os sintomas da enxaqueca com aura, estão ³:
- pontos cegos (escotomas) e visão turva;
- flashes de luz, linhas coloridas ou padrões em zigue-zague;
- formigamento ou dormência em um lado do corpo, inclusive nos braços, no rosto ou na língua;
- problema na fala ou linguagem, como disartria (dificuldade de falar claramente) e afasia de expressão (dificuldade de formar palavras ou frases corretas);
- tontura, perda de equilíbrio ou fraqueza muscular, menos comum, mas importante de ser observada.
A aura pode ocorrer pouco antes da fase principal da dor de cabeça, sinalizando o início da crise, mas em alguns casos pode aparecer simultaneamente ou logo após a cefaleia ³.
Além da visual, sensitiva e de fala, também pode incluir sinais associados à sensibilidade ao ambiente, como maior desconforto com luz e sons ¹.
Reconhecer esses sinais é fundamental para diferenciar esse tipo de enxaqueca de outras condições neurológicas, como AVC, e adotar estratégias de prevenção e alívio da crise ².
Ter enxaqueca com aura é perigoso?
Não é necessariamente perigoso, mas exige atenção à frequência e à intensidade das crises. Por exemplo, mulheres com esse tipo de enxaqueca crônica devem evitar certos anticoncepcionais hormonais, a terapia de reposição hormonal e o tabagismo devido ao risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC) ².
Consultar um ginecologista é essencial para avaliar opções seguras de prevenção e tratamento e garantir cuidado individualizado e redução de riscos. Além disso, manter hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular ajuda a controlar melhor a condição ².
Como aliviar a crise de enxaqueca?
O tratamento pode ser iniciado já nas fases prévias à dor de cabeça, como a premonitória e a aura, sem necessidade de esperar que a cefaleia se manifeste. Identificar os gatilhos, como estresse, jejum, falta de sono ou certos alimentos, é fundamental para reduzir a frequência e intensidade das crises ¹,².
Uma boa prática é manter um diário de enxaqueca, anotando datas, sintomas e possíveis fatores desencadeantes. Dessa forma, ajuda o médico a indicar o melhor plano de tratamento, que pode variar conforme frequência, intensidade das crises e histórico de saúde ³.
As opções para aliviar a dor incluem, por exemplo ³:
- tratamentos agudos: analgésicos de venda livre, triptanos e antieméticos, usados assim que a dor começa;
- tratamentos preventivos: betabloqueadores, antidepressivos tricíclicos ou antiepilépticos, tomados diariamente para reduzir frequência e intensidade das crises.
Além da medicação, mudanças no estilo de vida podem ajudar significativamente: manter horários regulares para dormir e se alimentar, hidratação adequada e evitar álcool ou excesso de cafeína são medidas eficazes ³.
Técnicas de relaxamento, alongamentos e pausas durante atividades intensas também contribuem para reduzir o impacto das crises.
Seguir essas orientações ajuda a controlar a enxaqueca de forma segura, melhora a qualidade de vida e reduz o risco de complicações futuras. A combinação de cuidados médicos, hábitos saudáveis e estratégias preventivas é a forma mais eficiente de aliviar as crises e manter o bem-estar diário ³.
Conheça as opções da Neo Química: Doralgina e Dipirona
Doralgina e Dipirona são analgésicos indicados para o alívio de dores e febre ⁴,⁵.
A Dipirona Monoidratada 1g atua em 30 a 60 minutos e proporciona efeito analgésico e antitérmico por cerca de 4 horas. Já a Doralgina combina dipirona, isometepteno e cafeína para reduzir a sensibilidade à dor, controlar a dilatação dos vasos cerebrais e promover alívio de dores de cabeça e cólicas ⁴,⁵.
Esses medicamentos são de uso pontual e não contínuo. A utilização correta ajuda a aliviar rapidamente os sintomas de enxaqueca com aura.
Dipirona monoidratada. Indicações: analgésico e antitérmico. Comprimido. MS 1.5584.0325. Medicamento Referência: Novalgina. Medicamento Genérico - Lei nº 9.787/99. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Outubro/2025.
Doralgina. Dipirona, mucato de isometepteno e cafeína. Indicações: analgésico e antiespasmódico; incluindo enxaquecas ou para o tratamento de cólicas. MS 1.5584.0380. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Outubro/2025.

Sobre o autor
Dr. Márcio de Queiroz Elias
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro em 1994, concluiu sua especialização em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo em 1996. Entre 2004 e 2005, ocupou posições de liderança em maternidades e instituições hospitalares, onde consolidou sua experiência em gestão na área da saúde.