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Dosagem máxima diária de vitamina D: aprenda a suplementar

Dr. Márcio de Queiroz Elias Publicado em: 02/07/2025 - Atualizado em: 02/07/2025

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Você já se perguntou qual a quantidade indicada de cada vitamina importante para o seu organismo? Se sim, então, vai gostar desse conteúdo! Hoje, vamos falar sobre a dosagem máxima diária da vitamina D.

Esse tema, no entanto, pode ser mais complexo do que você imagina. Afinal, existem diversos fatores que influenciam o quanto de vitamina D seu corpo precisa: idade, condições de saúde e até a tonalidade da sua pele ¹. Sabia?

Pois é! Existem muitas coisas sobre esse nutriente que você ainda precisa descobrir. Então, se você quer saber qual a dose recomendada e como tomar vitamina D corretamente, continue a leitura.

Resumo

  • A vitamina D é um pré-hormônio que auxilia na absorção de cálcio e fósforo, fortalece os ossos e os dentes, melhora a resposta imunológica e previne doenças ósseas. 1,2
  • Para adultos, a dose indicada de vitamina D é de 800 UI por dia. Para gestantes e lactantes, a dosagem diária é de 600 UI. ¹
  • Para as crianças de 0 meses a 8 anos, 400 UI por dia é o suficiente. Já para a faixa etária de 9 a 18 anos, recomenda-se 600 UI diários. ¹ 
  • Em relação à suplementação, a dosagem máxima deve ser de 2.000 UI por dia. Acima desse valor, a vitamina D é considerada um medicamento e precisa de prescrição e acompanhamento médico. 1,3,4 
  • Para saber se seu nível de vitamina D está adequado, o médico pode solicitar um exame de sangue chamado hidroxivitamina D (25(OH)D). ¹ 
  • Para obter o nutriente, você deve se expor ao sol diariamente (sua produção ocorre por meio da síntese cutânea), incluir alimentos ricos em vitamina D na dieta e utilizar suplementos alimentares, quando indicado. 5,6

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Para que serve a vitamina D?

Antes de falar sobre a dosagem máxima diária de vitamina D, que tal entender um pouco mais sobre o nutriente?

Para começar, a vitamina D não é uma vitamina, mas um pré-hormônio que participa de vários processos importantes, principalmente para os sistemas imunológico e musculoesquelético. ¹

Entre as principais funções da vitamina, estão: ²

  • auxílio na absorção do cálcio e do fósforo;
  • fortalecimento dos ossos;
  • melhora da resposta imunológica;
  • regulação da proliferação celular;
  • prevenção de doenças como osteoporose e raquitismo.

Apesar de ser uma substância indispensável para o funcionamento adequado do organismo, muitos países apresentam taxas de deficiência da vitamina D superiores a 50%, como o Brasil. ³

Diante desse cenário, muitas pessoas precisam repensar a dieta, aumentar a exposição solar ou suplementar o pré-hormônio. ¹

Porém, essas mudanças precisam respeitar a dose diária recomendada de vitamina D para diferentes grupos. Afinal, assim como um nível baixo da vitamina é ruim, o excesso pode ser um problema. ³

Qual a dose diária recomendada de vitamina D?

A dose diária de vitamina D varia conforme a idade, o estado de saúde e a presença de fatores de risco. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a dosagem recomendada é: ¹

  • adultos saudáveis (19 a 70 anos): 800 UI por dia;
  • gestantes e lactantes: 600 UI por dia.

Já para as crianças e adolescentes, os valores são diferentes: ¹

  • 0 a 12 meses: 400 UI;
  • 1 a 8 anos: 400 UI;
  • 9 a 18 anos: 600 UI.

Existem também os grupos de risco que exigem atenção especial em relação à dosagem máxima diária de vitamina D, como os idosos, pessoas negras, obesos e pessoas com doenças que prejudicam a absorção do nutriente. ¹

Nesses casos, o valor pode variar de 400 a 2.000 UI e deve ser definido por um médico após a dosagem da vitamina por meio de exames. ¹

Qual a dosagem máxima diária de vitamina D?

A dose diária de qualquer vitamina também pode ser chamada de “dose de manutenção”. Basicamente, é a quantidade que você precisa consumir todos os dias para evitar uma deficiência nutricional. No caso da vitamina D, a dosagem máxima diária é de 2.000 UI (e a mínima é de 400 UI). ¹

É importante lembrar que os grupos de risco e as pessoas que vivem em regiões com baixa incidência solar podem ter necessidades maiores. ¹

No entanto, valores acima dessa quantidade só devem ser administrados sob supervisão de um médico, já que só são indicados em casos de deficiências diagnosticadas por exame laboratorial.

Vitamina D em excesso faz mal?

Sim! Quando você ultrapassa a dosagem máxima diária de vitamina D, pode acontecer uma hipervitaminose (excesso de vitamina no organismo), condição que pode te trazer prejuízos. 4

Entre os principais riscos desse excesso estão: 4

  • desregulação dos níveis de cálcio no organismo;
  • deformação óssea;
  • perda da função renal;
  • cálculos renais (pedras nos rins).

Mais um motivo para que o uso de suplementos de vitamina D seja sempre orientado por um profissional de saúde. Então, tenha atenção!

Qual exame identifica uma deficiência de vitamina D?

O exame que seu médico pode solicitar quando há suspeita de deficiência de vitamina D, ou em casos de acompanhamento durante a suplementação, é o hidroxivitamina D ou 25(OH)D, feito por meio de coleta de sangue. ¹

A hipervitaminose é rara, mas os casos de deficiência da vitamina são bastante comuns, principalmente em pessoas que pertencem aos grupos de risco ou que não se expõem ao sol com frequência. Por isso, o exame normalmente faz parte do check-up anual. ³

Como conseguir vitamina D?

O corpo humano produz vitamina D, desde que seja exposto à luz solar diariamente. Além disso, é possível obter o nutriente por meio da alimentação e da suplementação.

Exposição solar

A principal forma de produção da vitamina D é por meio da exposição ao sol. De 10 a 15 minutos por dia, com pernas e braços expostos, já é o suficiente para estimular a síntese natural do nutriente. ²

O horário ideal é antes de 10h e após às 16h, mas é importante limitar o tempo e proteger a pele para evitar os danos causados por raios UV. 5

Alimentação

Os principais alimentos que contêm o nutriente são: 6

  • peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha);
  • gema de ovo;
  • fígado e óleo de fígado de bacalhau.

Esses alimentos ajudam, mas representam apenas cerca de 20% da necessidade diária. 6

Suplementos alimentares

A suplementação é indicada em casos de deficiência diagnosticada ou para pessoas com dificuldade em atingir os níveis ideais apenas com alimentação e exposição solar. ¹

Como tomar vitamina D?

Você pode tomar a vitamina D em forma de suplemento, isoladamente ou combinada com outras vitaminas e minerais. ¹

É importante saber que o nutriente é bem absorvido quando ingerido com alimentos que contêm gordura, como azeite, ovos ou abacate. Além disso, é interessante tomar durante ou logo após as refeições. ¹

A dose correta e a duração da suplementação devem ser definidas por um profissional de saúde, conforme o nível de deficiência detectado no exame de sangue. ¹

Qual a melhor vitamina D: como escolher o suplemento?

Na hora de escolher um suplemento de vitamina D, existem fatores que são muito importantes: ¹

  • a forma da vitamina: o colecalciferol (vitamina D3) é mais eficaz que o ergocalciferol (D2);
  • o laboratório que produz o suplemento;
  • a apresentação do produto: cápsulas oleosas e gotas são mais fáceis de absorver.

Uma opção que o seu médico e nutricionista podem recomendar é a Vitamina D da Neo Química Hypera Pharma. São diversas dosagens para atender às necessidades dos brasileiros.

Na hora de escolher seu suplemento, opte por marcas seguras e confiáveis, como Neo Química Laboratório, que contém um portfólio vasto de medicamentos genéricos, produtos farmacêuticos e vitaminas. Confira!

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

Registro MS: Isento de registro.

Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro em 1994, concluiu sua especialização em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo em 1996. Entre 2004 e 2005, ocupou posições de liderança em maternidades e instituições hospitalares, onde consolidou sua experiência em gestão na área da saúde.

Conheça o autor

1. Maeda SS, et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. 2014 Jul;58(5):411–33. Disponível em https://www.scielo.br/j/abem/a/fddSYzjLXGxMnNHVbj68rYr/?lang=pt. Acesso em setembro/2022.


2. Série de publicações ILSI Brasil. Funções plenamente sreconhecidas de nutrientes: vitamina D. Disponível em http://ilsibrasil.org/wp-content/uploads/sites/9/2018/10/fascículo-vitamina-d-final-ok-autora.pdf. Acesso em setembro/2022.


3. Jorge AJL, Cordeiro JR, Rosa MLG, Bianchi DBC. Vitamin D Deficiency and Cardiovascular Diseases. International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018. Disponível em https://www.scielo.br/j/ijcs/a/8nGNrPGskVkNWGJSdTbHWzb/?lang=pt. Acesso em setembro/2022.


4. Gengibre. Superdosagem de Vitamina D traz sérios riscos para a saúde [Internet]. Disponível em https://www.sbemsp.org.br/imprensa/releases/293-superdosagem-de-vitamina-d-traz-serios-riscos-para-a-saude. Acesso em setembro/2022.


5. Comunicação V. Repondo a Vitamina D sem riscos para a pele [Internet]. SBDRJ. 2020. Disponível em https://sbdrj.org.br/repondo-a-vitamina-d-sem-riscos-para-a-pele/. Acesso em setembro/2022.


6. Deficiência de vitamina D (250H) e seu impacto na qualidade de vida: uma revisão de literatura [Internet]. Revista RBAC. Disponível em http://www.rbac.org.br/artigos/deficiencia-de-vitamina-d-250h-e-seu-impacto-na-qualidade-de-vida-uma-revisao-de-literatura/. Acesso em setembro/2022.