Paracetamol e dipirona: principais diferenças e como tomar

O paracetamol e a dipirona são dois dos analgésicos mais utilizados no Brasil e no mundo, amplamente prescritos para o alívio de dores leves a moderadas e redução da febre ¹^,².

O paracetamol, também chamado de acetaminofeno, é seguro para uso em crianças, adultos e gestantes, atuando no sistema nervoso central para modular a dor e regular a temperatura corporal ³.

Já a dipirona, ou metamizol, embora seja um anti-inflamatório não esteroide (AINE) fraco, apresenta efeito analgésico mais intenso e é eficaz no controle de dores e febres resistentes ².

Para garantir segurança e eficácia, é essencial saber como intercalar dipirona e paracetamol sob orientação médica, respeitando intervalos entre doses para evitar superdosagem ¹^-³.

Aproveite este texto para tirar suas dúvidas sobre como usar esses dois medicamentos juntos!

Resumo

• Paracetamol e dipirona são analgésicos amplamente utilizados para dores leves a moderadas e febre. O paracetamol atua no sistema nervoso central e é seguro para crianças, adultos e gestantes ¹^-³. 
• A dipirona, ou metamizol, é um AINE fraco, com efeito analgésico intenso e ação antiespasmódica. É eficaz no alívio de dores fortes, cólicas e febres resistentes ². 
• Ambos os medicamentos podem ser combinados ou intercalados sob orientação médica, respeitando intervalos entre doses para não causar a superdosagem ¹^-³. 
• O tipo de analgésico deve considerar a intensidade da dor, a presença de inflamação e o histórico de saúde ⁴.

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O que é paracetamol?

Também conhecido como acetaminofeno ou N-acetil-p-aminofenol (PAR), é um dos medicamentos isentos de prescrição mais utilizados no mundo. Introduzido na terapêutica em 1878, é amplamente reconhecido por sua ação analgésica e antipirética, eficaz no alívio de diversos tipos de dor e na redução da febre ¹.

É indicado para dores leves a moderadas, como dor de cabeça, de dente e nos músculos, cólicas menstruais, dores leves de artrite e sintomas de gripes e resfriados ¹. Por sua boa tolerância e segurança, o paracetamol é usado por bebês, crianças e adultos, e é um dos remédios mais prescritos na pediatria ¹.

Apesar dos benefícios, o uso em excesso ou inadequado pode causar toxicidade hepática, já que alguns de seus metabólitos reativos podem danificar o fígado. Por isso, é fundamental respeitar a dose máxima diária e seguir sempre a bula ou as orientações médicas ¹.

O que é dipirona?

Conhecida cientificamente como metamizol, é classificada como um anti-inflamatório não esteroide (AINE) fraco, mas com uma forte ação analgésica e antipirética (contra a febre). Está disponível em diversas formas, como comprimidos, solução oral, injetável e supositórios, e é vendida como medicamento isento de prescrição (MIP) ².

É indicada para o alívio de dores de cabeça, cólicas renais, dores musculares, reumáticas, pós-operatórias e nevralgias, além de ser eficaz na redução da febre ².

Quando administrada por via oral, seu efeito antipirético começa cerca de 30 minutos após o uso, com duração de quatro a seis horas ².

A dipirona tem papel essencial na prática clínica brasileira, recomendada inclusive para o tratamento dos sintomas da dengue. Além disso, integra a lista de medicamentos do programa Farmácia Popular, o que reforça sua importância no acesso público à saúde ².

Qual a diferença entre dipirona e paracetamol?

O paracetamol e a dipirona são dois analgésicos que diferem em composição química, forma de ação e efeitos no organismo. Ambos aliviam dores leves a moderadas e reduzem a febre, porém atuam de maneiras distintas no sistema nervoso central. Por exemplo, a dipirona é considerada um anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ³^,⁴.

Entenda a seguir a diferença entre dipirona e paracetamol.

Paracetamol

O paracetamol é um analgésico e antipirético não opioide. Seu mecanismo de ação envolve a inibição da síntese de prostaglandinas no sistema nervoso central e a ativação indireta de receptores CB1 do sistema endocanabinoide, que modulam a dor e a temperatura corporal ³^,⁴.

É indicado para dor de cabeça, febre, cólicas menstruais e dores musculares, sendo uma das opções mais seguras quando não há processo inflamatório envolvido ³^,⁴.

Dipirona

Já a dipirona, embora também reduza a dor e a febre, pertence ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) fracos. Seu efeito ocorre principalmente porque bloqueia a transmissão dos sinais de dor ao cérebro e reduz a sensibilidade dos nervos, evitando que o desconforto se intensifique ³.

Além disso, ajuda o corpo a regular melhor a temperatura, o que explica sua ação antipirética ³.

Estudos recentes indicam que a dipirona também pode agir sobre receptores específicos do sistema endocanabinoide (CB1), o mesmo sistema envolvido no controle natural da dor e do humor, o que reforça seu papel eficaz no alívio de diferentes tipos de desconfortos ³.

Outras diferenças entre paracetamol e dipirona

O paracetamol é indicado para dores leves ou moderadas sem inflamação, como dor de cabeça, febre ou cólicas leves. Já os AINEs, incluindo a dipirona, são usados quando há dor com inflamação, por exemplo, em artrite, dores musculares ou articulares, ou cefaleias mais intensas ⁴.

No entanto, os AINEs não são adequados para todas as pessoas, especialmente quem já teve problemas de estômago, como úlceras, pois costumam irritar o estômago ⁴. Nesses casos, o paracetamol é uma opção mais segura.

A dipirona também pode ser combinada com terapias de calor ou frio para tratar lesões musculares, articulares e ligamentares, potencializando o alívio da dor ⁴.

Pode tomar dipirona e paracetamol juntos?

Sim, é possível tomar dipirona e paracetamol juntos, pois ambos têm mecanismos de ação diferentes e não apresentam interações medicamentosas significativas. No entanto, essa associação não substitui a orientação médica nesses casos. Consulte um profissional de saúde antes de combinar medicamentos, especialmente para evitar superdosagem ou efeitos adversos ¹^,²^,³.

Embora ambos sejam analgésicos e antitérmicos, o paracetamol e a dipirona atuam de forma diferente, por exemplo ¹^,²^,³:

• paracetamol: age no sistema nervoso central, é seguro para o estômago e indicado para dores leves a moderadas e febre; 
• dipirona: tem efeito analgésico mais intenso e é eficaz no alívio de dores mais fortes ou cólicas.

A combinação pode ser útil para febres resistentes ou dores intensas, mas é fundamental respeitar o intervalo entre as doses e a posologia indicada pelo médico ¹^,²^,³.

É importante lembrar que a superdosagem pode trazer riscos graves: o paracetamol pode causar sobrecarga hepática, enquanto a dipirona pode provocar queda da pressão arterial ¹^,²^,³.

Além disso, mesmo ao saber que pode tomar dipirona e paracetamol juntos, verifique se não há alergia a nenhum dos ativos. Caso haja sensibilidade a um deles, o outro pode ser utilizado isoladamente para alívio semelhante da dor e da febre ¹^,²^,³.

Como intercalar dipirona e paracetamol?

É possível intercalar dipirona e paracetamol, mas sob orientação médica. Para maior segurança, recomenda-se respeitar um intervalo mínimo de 6 horas entre as doses de cada medicamento. Essa estratégia pode ser útil para aliviar dores mais intensas ou febres persistentes, já que os dois fármacos atuam de maneiras diferentes ¹^,²^,³.

Como tomar paracetamol e dipirona com segurança?

• Dipirona 500 mg: adultos e adolescentes acima de 15 anos, 1 a 2 comprimidos até 4 vezes ao dia ⁵; 
• Dipirona 1 g: adultos e adolescentes acima de 15 anos, ½ a 1 comprimido até 4 vezes ao dia ⁵; 
• Paracetamol 750 mg: adultos e crianças acima de 12 anos, 1 comprimido, 3 a 5 vezes ao dia; dose máxima 4000 mg/dia (5 comprimidos), intervalos de 4 a 6 horas ⁶.

Sempre respeite os intervalos, a dose máxima diária e consulte um profissional de saúde antes de combinar os medicamentos.

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Dipirona monoidratada. Indicações: analgésico e antitérmico. Comprimido. MS 1.5584.0325. Medicamento Referência: Novalgina. Medicamento Genérico - Lei nº 9.787/99. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Outubro/2025.

Paracetamol. MS 1.5584.0158. Indicações: redução da febre e alívio temporário de dores leves a moderadas. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Outubro/2025.