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Efeitos colaterais da dipirona: quais os principais? Como tomar?

Dr. Márcio de Queiroz Elias Publicado em: 28/11/2025 - Atualizado em: 28/11/2025

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Assim como qualquer medicamento, existem efeitos colaterais da dipirona, desde os mais comuns até os raros. De todo modo, para evitar complicações, o correto é sempre seguir as recomendações da bula e da orientação médica, se houver ¹,².

A dipirona, conhecida também como metamizol, é um medicamento indicado como analgésico e antitérmico, com pequena ação anti-inflamatória ¹.

Bastante conhecido e consumido por ser acessível e integrante do programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde, este medicamento de venda livre (sem prescrição médica) está disponível em comprimidos, gotas, supositórios e injetáveis ².

Estudos, por exemplo, indicam que cerca de 80% da população utiliza algum tipo de analgésico. E como a dipirona é uma das mais comercializadas, é preciso falar sobre seu uso consciente ³.

Continue a leitura e aprenda para que serve e em quanto tempo a dipirona faz efeito, além de conhecer as possíveis manifestações de seu consumo.

Resumo

  • A dipirona, também chamada de metamizol, é um analgésico e antitérmico amplamente usado para tratar febre e diversos tipos de dor, com efeito perceptível entre 30 e 60 minutos após a ingestão e duração média de 4 a 6 horas ¹,².
  • Entre os principais efeitos colaterais estão distúrbios cardíacos, respiratórios, cutâneos, hematológicos, vasculares, renais e urinários. E ainda casos raros de agranulocitose, pancitopenia e reações alérgicas graves, como as síndromes de Stevens-Johnson e de Lyell ¹.
  • O medicamento é contraindicado para pessoas com alergia à substância, histórico de doenças hematológicas, gestantes, lactantes e crianças menores de três meses ou com menos de 5 kg ¹.
  • A dipirona pode, em situações raras, causar queda de pressão arterial ou sonolência em doses elevadas. Por isso, é essencial seguir a posologia indicada e buscar orientação médica em caso de reações adversas ou uso inadequado ¹,⁴.

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O que é dipirona e para que serve?

É um medicamento com potente ação analgésica e antitérmica, considerado um anti-inflamatório não esteroide (AINE) fraco. Com rápida absorção pelo organismo, é indicada para reduzir a febre e aliviar diversos tipos de dor, como cefaleias, cólicas e dores reumáticas, musculares, pós-operatórias e nos nervos (neuralgias) ².

Em quanto tempo a dipirona faz efeito?

Devido à boa absorção do metamizol pelo organismo, os efeitos antitérmico e analgésico da dipirona aparecem em 30 a 60 minutos depois da ingestão e duram geralmente de 4 a 6 horas. Caso a febre ou a dor continue, pode repetir a dose, sempre respeitando a dosagem máxima diária ¹,².

Quais são os efeitos colaterais da dipirona?

Os efeitos colaterais da dipirona, conforme a bula, são: distúrbios cardíacos, da pele, do tecido subcutâneo, do sangue, do sistema linfático, vasculares, renais e urinários, além de casos raros de agranulocitose e pancitopenia. Outras manifestações possíveis envolvem reações alérgicas em pessoas sensíveis à substância ¹.

Confira a seguir os principais efeitos colaterais.

Distúrbios cardíacos

Os distúrbios cardíacos podem incluir a Síndrome de Kounis, que se caracteriza como o surgimento simultâneo de condições coronarianas agudas e reações alérgicas, como o infarto e a angina relacionados a alergias ¹.

Piora da asma

Em pessoas com Síndrome da Asma Analgésica, que provoca crises após o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais, a dipirona pode causar reações de intolerância que aparecem em forma de ataques de asma ¹.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Pode gerar, de modo menos comum, erupções graves na pele e nas mucosas causadas por medicamentos. Em situações mais raras, associa-se às síndromes ¹:

  • de Stevens-Johnson: reação alérgica que gera bolhas em mucosas e áreas grandes do corpo;
  • de Lyell: quando as bolhas aparecem em grande extensão da pele, que também apresenta áreas avermelhadas como se fossem queimaduras.

Portanto, se houver qualquer um desses sinais, pare de tomar a dipirona e procure um médico ¹.

Distúrbios do sangue e do sistema linfático

Outros efeitos colaterais da dipirona podem envolver condições mais raras, como ¹:

  • anemia aplástica: quando a médula óssea produz baixa quantidade de glóbulos vermelhos e brancos, e de plaquetas;
  • agranulocitose: queda do número de granulócitos (tipos de glóbulos brancos) por um distúrbio na medula óssea e pode durar pelo menos uma semana se for induzida pela dipirona;
  • pancitopenia: diminuição global de células do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas);
  • leucopenia: redução dos glóbulos brancos;
  • trombocitopenia: diminuição de plaquetas sanguíneas, que gera sinais, como sangramento e aparecimento de pontos vermelhos na pele e nas mucosas.

Se sentir sintomas, como febre persistente, calafrios, dor de garganta, lesão na boca, mal-estar, infecção, hematomas, sangramento ou palidez, suspenda o uso do medicamento e busque ajuda médica ¹.

Distúrbios vasculares

Em casos raros, a pessoa pode sentir uma significativa queda de pressão sanguínea com reações hipotensivas transitórias. Se o sintoma persistir, procure orientação de um profissional de saúde ¹.

Distúrbios renais e urinários

Por fim, os distúrbios renais e urinários são raros, mas podem afetar principalmente pessoas com histórico de doenças nos rins. As manifestações podem incluir piora súbita da condição, insuficiência renal aguda, perda expressiva de proteínas pela urina e grande redução da produção de urina ¹.

Além disso, pode aparecer uma inflamação nos rins, chamada de nefrite intersticial aguda, e uma cor avermelhada na urina ¹.

Porém, além dos efeitos colaterais, é muito importante ficar atento a quem não pode tomar dipirona. Conheça as principais precauções a seguir.

Quem não pode tomar dipirona?

Pessoas com alergias ou intolerância à dipirona ou a qualquer componente da fórmula; quem já apresentou quadros de agranulocitose com alguma dessas substâncias; pacientes com problemas na medula óssea ou doenças do sistema hematopoiético (produção de células sanguíneas); gestantes; lactantes; e crianças menores de 3 meses ou que pesam menos de 5 kg ¹.

Em relação à gravidez, recomenda-se não tomar dipirona nos primeiros e últimos três meses da gestação. Durante o segundo trimestre, é necessário consultar um médico ¹.

Já as lactantes devem evitar o uso de dipirona durante e por até 48h antes de amamentar ¹.

Tomar dipirona abaixa a pressão?

Conforme a bula, a dipirona abaixa a pressão em duas situações: se for consumida em excesso ou como um efeito colateral raro. Isso porque uma das reações adversas pode ser um distúrbio no sistema imunológico gerado por alergia à substância. Os sintomas associados são, por exemplo, urticária e coceira generalizada ¹.

E ainda podem envolver outros sinais, como inchaço e vermelhidão na pele e em mucosas, falta de ar, problemas gastrointestinais e arritmias cardíacas ¹.

Cabe destacar que os efeitos colaterais da dipirona, como os de outros remédios, variam conforme as condições de saúde de cada pessoa ¹.

A dipirona dá sono?

Apenas se você ingerir uma quantidade mais alta do que a indicada na bula. Dessa forma, a dipirona dá sono se tomar doses elevadas, o que pode causar também náuseas, vômitos, dor abdominal e distúrbios renais. Em situações raras, pode impactar o sistema nervoso e gerar vertigem, sonolência e convulsões ¹.

Caso ocorra o consumo inadequado, é fundamental buscar ajuda médica rapidamente e levar a embalagem e bula do medicamento para orientar o tratamento de desintoxicação ¹.

Portanto, é importante consumir conforme as orientações da bula ou do profissional de saúde e, assim, evitar os possíveis efeitos colaterais da dipirona. Veja como tomar corretamente.

Como tomar a dipirona em gotas e comprimido?

A recomendação de uso da dipirona é ¹,⁴:

  • gotas: de 20 a 40 gotas em dose única para adultos e adolescentes acima de 15 anos ou até 40 gotas, 4 vezes ao dia;
  • comprimido: 1 a 2 comprimidos de 500 mg até 4 vezes ao dia; e ½ a 1 comprimido de 1g até 4 vezes ao dia para adultos e adolescentes com mais de 15 anos.

Lembramos que, se o efeito passar ou a dose for insuficiente, você pode repetir o uso, sempre respeitando a dosagem máxima, conforme a bula de cada medicamento ¹,⁴.

Porém, além de tomar a dipirona, você pode aliviar dores, como cefaleias, enxaquecas e cólicas, com remédios que incluem este analgésico em sua fórmula, como Doralgina ⁵.

Doralgina é um medicamento que combina dipirona, com ação analgésica que reduz a sensibilidade para a dor; mucato de isometepteno, que diminui a dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais para ajudar a aliviar a dor; e cafeína, estimulante suave do Sistema Nervoso Central com ação vasoconstritora que contribui para potencializar os efeitos contra dores de cabeça, especialmente enxaqueca ⁵.

Conheça a Dipirona e a Doralgina da Neo Química.

Dipirona monoidratada. Indicações: analgésico e antitérmico. Comprimido. MS 1.5584.0325. Medicamento Referência: Novalgina. Medicamento Genérico - Lei nº 9.787/99. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Outubro/2025.

Doralgina. Dipirona, mucato de isometepteno e cafeína. Indicações: analgésico e antiespasmódico; incluindo enxaquecas ou para o tratamento de cólicas. MS 1.5584.0380. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Outubro/2025.

Doralgina. Dora que melhora.

Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro em 1994, concluiu sua especialização em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo em 1996. Entre 2004 e 2005, ocupou posições de liderança em maternidades e instituições hospitalares, onde consolidou sua experiência em gestão na área da saúde.

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